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Este é um espaço para divulgação de assuntos sobre soldas e processos de solda por resistência, podendo ser consultado a qualquer momento por interessados no assunto. 

Aqui o usuário vai encontrar história, princípios básicos, novidades, conhecimento, lançamentos, etc., divulgados de forma simples, sem cálculos, fórmulas ou engenharia, tudo dirigido ao pessoal responsável pelo processo fabril, operadores e todos os interessados e, esperamos que tirem o melhor proveito e possam assimilar sem complicações.

Também o usuário, neste espaço, poderá divulgar suas dúvidas e experiências, buscando soluções e/ou trocando conhecimentos.

As únicas fontes de consultas, já precisando atualização, foi a excelente obra do professor Ivan Guerra Machado: SOLDAGEM & TÉCNICAS CONEXAS : PROCESSOS, na parte teórica do assunto, e o não menos importante, e bem antigo, SCR MANUAL, THYRISTORS AND TRIACS, publicação antiga da General Eletric. Outros tantos podem ser encontrados pelos interessados, bem como muitas informações interessantes em  Sites de fabricantes de máquinas e/ou componentes correlatos.

Estaremos disponibilizando também, nesta área, uma apostilha intitulada PRINCÍPIOS BÁSICOS DA SOLDA POR RESISTÊNCIA.

Também, mediante solicitação, podemos disponibilizar esquemas básicos de nossos equipamentos.

SOLDA POR RESISTÊNCIA

PARTE 1

UMA BREVE INTRODUÇÃO

Máquinas, ou dispositivos, de solda por resistência, ou solda ponto como são popularmente conhecidos, são equipamentos extremamente simples, obedecendo aos mesmos princípios das leis do eletromagnetismo que regem o funcionamento de motores e transformadores, sendo em sí, e basicamente, um transformador, com um ou mais primários e um ou mais secundários, que devidamente arranjados no processo de montagem chegam ao efeito desejado. Constam, então, de um enrolamento primário e um enrolamento secundário, calculados e montados a fim de alcançar um determinado objetivo.

Os parâmetros envolvidos são:
No primário:       Tensão de rede disponível e corrente necessária.
No secundário:   Tensão resultante da relação de espiras primário/secundário e corrente necessária para efetuar um trabalho.

Assim como motores e transformadores são equipamentos muito antigos, datando já da década de 1910, TEMOS UM EXEMPLAR DATADO DE 1917, importado da Alemanha, pela Metalúrgica Cruzeiro/RS e outro datado de 1943, onde aparece um equipamento semelhante ponteando panelas no filme “A lista de Shindler”.

Bem antigos, não!

Ao longo do tempo, os equipamentos de solda ponto permaneceram praticamente inalterados, no que diz respeito ao transformador, todos operando em 50Hz ou 60 Hz, dependendo do país, sem qualquer alteração no  transformador propriamente dito,  mudando apenas a qualidade dos materiais envolvidos na montagem, já que materiais de melhor qualidade foram desenvolvidos e/ou aperfeiçoados ao longo de todos esses anos.

A título de observação, máquinas antigas, da marca ROGER, por exemplo, e outras, vinham de fábrica com um capacitor em paralelo com o transformador, visando melhorar a correção do “fator potência”. Por razões de custo e com a evolução dos controladores, este recurso foi suprimido.

O que mudou, e muito, foi a forma de controlar a energia entregue pelo primário ao secundário.

Da antiga e obsoleta ”chave de tapes”, passamos pela comutação por chaves contatoras temporizadas, controles mesclando chave de tapes e comutação tiristorizada/temporizada e, então com a chegada dos microcontroladores industriais, a evolução deu um grande salto.

Hoje um controlador razoável, além de controlar tempo e potência de solda, controla rampas de subida e descida, pré-aquecimento, esfriamento, desgaste dos eletrodos, variações de tensão de entrada, mantendo a saída constante, e até controlando o fator de potência, pois sendo equipamentos indutivos, tem uma influência razoável em redes elétricas, principalmente se forem mal dimensionadas ou com má distribuição de carga entre as fases, podendo até causar interferência de harmônicos em outros dispositivos, principalmente sistemas eletrônicos convencionais ou CNC.

Dos sistemas simples de comutação via um pedal mecânico, acionado por um operador, passamos pelo acionamento via sensores, CLP’s e chegamos facilmente a integração robótica, principalmente em montagem de veículos ou estruturas em atmosferas nocivas.

Por ser um dispositivo extremamente simples,  sua utilização pode ser extremamente complicada. Temos um principio de que cada tecnologia tem sua área de atuação e suas limitações. Nada mais verdade para “solda ponto”.

Assim, existem:

 Materiais soldáveis: praticamente todo tipo de aços ferrosos, inox e muitos recém no mercado, os chamados bicomponentes.

Materiais não soldáveis: metais não ferrosos, plásticos, alguns tipos de aço com muito alto teor de carbono ou outras ligas.

Alguns materiais podem se tornar soldáveis mediante certas providências, mas na maioria das vezes isto se torna inviável em função do custo/benefício, quando, então migramos para outras técnicas.

As vantagens da solda por resistência:

– Só utiliza energia elétrica da rede convencional,

– Não utiliza material de deposição,

– Um operador pode ser treinado em minutos.

– Equipamentos robustos, poucas peças móveis, e com baixo índice de manutenção.

– Com o equipamento e dispositivos apropriados é passível de uma alta produção/dia, compensando com sobra suas poucas desvantagens.

As desvantagens da solda por resistência:

– Demanda quantidades relativas altas de corrente, implicando em fiação mais custosa,

– A solda se efetua em atmosfera livre, estando sujeita a contaminação do ponto, correntes de ar, limpeza das peças, etc.

– É uma solda de contato, razão pelo qual a peças de estar perfeitamente limpas, isentas de óleos, graxas e, principalmente ferrugem.

PARTE 2

A EVOLUÇÃO DOS CONTROLADORES

PARTE 3

A EVOLUÇÃO DA AUTOMAÇÃO

PARTE 4

A INGTEGRAÇÃO ROBÓTICA

PARTE 5

A MIGRAÇÃO PARA MÉDIA FREQÜÊNCIA

PARTE 6

ALGUMAS PECULIARIDADES: REFRIGERAÇÃO